terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mario Sérgio Cortella: Qual é a postura ideal do professor?




Em palestra a educadores de nível Ensino Superior, Mario Sérgio Cortella nos propõem procedimentos que podem ser aplicadas na sala de aula. Essencialmente, nos lembra que todo o conhecimento tácito, embora seja importante, não é mais suficiente para dar conta das demandas que recaem sobre a educação. É preciso ir além: estudar e aprender, numa postura de humildade e coragem.
Nesta palestra o Professor Cortella nos fala sobre a diferença entre ser velho ou idoso; fala sobre as virtudes do bom professor. Lembra-nos a diferença entre o que é tradicional e arcaico. Nos alerta sobre o que devemos negar, proteger e elevar.O professor deve ter a insatisfação (positiva) com aprendizado, nunca dar-se por satisfeito tornando-se adormecido e tranquilizando com seu conhecimento adquirido, não ensinar como ensinava, não informar como informava assim sendo aceitar as inovações com os choques de gerações, não fechar a mente para o novo, nem tão pouco tornar-se refém da pobreza de idéias,  confundido o velho com idoso, onde ha uma grande diferença, na qual o idoso é aquele que tem muita idade porém vontade de inovar e o velho tem pouca idade  mas se satisfaz com o que sabe, adormece, tranquiliza-se.
Outra virtude pedagógica e a humildade que é diferente de ser subserviente. Existe também conteúdo que são tradicionais ou arcaicos sendo que os conteúdos tradicionais são aqueles que vêm do passado e devem ser guardados, protegidos e passados a diante e os arcaicos que também vem do passado que estão ultrapassado devem ser descartados, deixados para trás.
Podemos ainda caracterizar o tradicional pela atenção ao conteúdo, formação humanista, a noção de acolhimento, o relacionamento saudável, a recusa ao egoísmo e o desejo de formar pessoas. Enquanto o arcaico se caracteriza pelo autoritarismo, o envelhecimento nas práticas pedagógicas, arrogância no mundo de mudanças e continuidade, assim sendo o professor do século XXI deve negar o arcaico proteger o que é tradicional e elevar. Portanto devemos formar pessoas que nos supere (insatisfeitos com saberes) e não pessoas que simplesmente seja nossos seguidores (satisfeitos) professores estes com atitudes e noção de urgência em fazer, inovar e querer.

Sebastião de Araújo Chaves

Bibliografia:

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a postura ideal do professor? Palestra.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Preconceito Linguistico e o papel da Escola



INTRODUÇÃO
Aprender a lidar com as diferentes formas de falar português em nosso país talvez seja um dos fatores de maior dificuldade que um professor de Língua Portuguesa venha a se deparar. O interesse pelo assunto nasceu a partir da análise de como estamos sendo bombardeados cada vez mais por regras gramaticais e "aulinhas" de "certo" e "errado" que tanto aparecem nos meios de comunicação, o que transformou a língua em fator predominante de exclusão, se a mesma não estiver de acordo com normas e regras. Entretanto Bagno (2010) afirma que a denominação preconceito linguístico é somente um disfarce para o preconceito social que de fato é predominante. O presente estudo pretende descrever a realidade em particular de uma escola verificando a prática de uma professora de Língua Portuguesa. O profissional dessa área exerce papel fundamental na extinção de qualquer preconceito desse tipo, uma vez que sua função é guiar o aluno no novo universo da língua culta. Dependendo do grupo socioeconômico cultural a que ele pertence maior será seu distanciamento da língua padrão (NEVES, 2003).  O ensino da língua engajado na luta contra desigualdades sociais e econômicas proporcionará àqueles que não utilizam a variedade padrão com frequência esse conhecimento para sua participação política na sociedade. O presente trabalho tem como objetivos a observação das aulas de Língua Portuguesa na Escola Estadual Maria Vicência Brandão, buscando identificar na prática docente esse comportamento. 

METODOLOGIA
O trabalho inicialmente baseou-se em um levantamento bibliográfico aliado à observação de uma aula de Língua Portuguesa em uma turma do 3º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Maria Vicência Brandão, do distrito de Padre Fialho, Matipó (MG). A observação durou duas semanas e ao final dela foi realizada uma entrevista com a professora. O objetivo foi identificar atitudes promotoras da uma consciência a respeito do preconceito linguístico, bem como a necessidade de conhecer o comportamento de todos os envolvidos no processo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Durante a observação percebeu-se que a professora sempre procurava considerar, como ponto de partida para sua ação educativa, os conhecimentos que os alunos possuíam, advindos das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostos. Em entrevista por escrito a mesma afirmou que “Detectar esses conhecimentos prévios não é uma tarefa fácil. Implica que os professores estabeleçam estratégias didáticas para fazê-lo. A observação acurada dos alunos, bem como o conhecimento da realidade dos mesmos é um instrumento essencial nesse processo”. Isso corrobora com a afirmação de que o professor que favorece o diálogo possui uma diferenciação em seu trabalho e possibilita ao aprendiz maior segurança (PERRENOUD, 2000). Nessa perspectiva, o professor de observado mostrou-se excelente mediador entre os jovens e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articularam os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada um, seus conhecimentos prévios os conteúdos trabalhados. Em relação ao uso da norma culta em sala percebeu-se que a professora procura sempre mostrar aos alunos que é de extrema importância, mas eles devem saber quando e onde utilizá-la, não abandonando sua cultura, não discriminando os colegas de diferentes regiões, idades ou classes sociais. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor, muitas vezes, não se reconhece como capaz de transformar a realidade em que atua, porque coloca a fonte de todos os problemas fora do seu âmbito de atuação. No entanto, sempre há situações diferenciadas. É preciso coragem para ousar. É preciso estimular a utilização de atividades diversificadas. Refletir sobre a língua também é um compromisso de cidadania e o professor tem a participação efetiva nesse processo, uma vez que sua atuação deve seguir o sentido da inclusão e não da discriminação. Porém, a Língua Portuguesa está virando um mercado capitalista exacerbado, no qual os gramáticos tradicionais editam as leis e o consumidor ao invés de fazer papel de um conhecedor nativo da sua língua, é mais um consumidor alienado sem enxergar que está contribuindo para o descaso com a mesma.

REFERÊNCIAS
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática ensinar na escola? São Paulo: Contexto, 2003.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado das Letras, 1997.

VIANA, Nildo. Educação, Linguagem e Preconceito Lingüístico. Plurais. vol. 01, n. 01. Jul./Dez. 2004.

GROSSI, Esther Pilar. Alfabetização: Uma questão popular. SMED, 1982

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: Das intenções à ação. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos a língua que falamos.  São Paulo: Contexto, 2007.
______. A Linguística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Contexto. 2001.
CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática da Língua Portuguesa. 12 ed. Rio de Janeiro: FAE, 1992.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Carta do Mestre

A carta a baixo foi escrita pelo professor Alcindo Pereira da Silva como resposta ao convite de formatura de sua ex-aluna Marilza Martins Fonseca de Souza.
O professor Alcindo Pereira da Silva nasceu em Portugal no ano de 1916. Filho de pais separados, nuca conheceu o pai. A mãe alegava que o companheiro era alcoólatra e a violentava.  No ano de 1936, Alcindo embarcou para o Brasil junto ao irmão e a mãe. Foram morar no Rio de Janeiro, onde a mãe veio a falecer pouco tempo  depois.
Alcindo nunca havia frequentado escola regular. Para se sustentar, engraxava sapatos. Com o dinheiro que ganhava construiu uma pequena biblioteca. Através dos livros tomou conhecimento dos ideais comunistas, pelas quais lutou durante toda sua vida.
As detenções sob a acusação de subversivo eram frequentes. No ano de 1956, após de um desses episódios ele conheceu, na rua, o Sr. José Gomes Martins. Após longa conversa, esse senhor percebeu a perspicácia daquele jovem e o convidou para morar e trabalhar em sua casa no interior de Minas Gerais. Na comunidade do Córrego Rico, na cidade de Lajinha, Alcindo lecionou para as filhas de Seu José e para as crianças que moravam naquele povoado.
As aulas eram ministradas em uma tulha, na propriedade de Seu José, utilizada para armazenar sacas de café. Esse espaço ganhou algumas carteiras e um quadro negro em uma de suas paredes de tábua. Ali, o agora professor, Alcino lecionou por aproximadamente 12 anos. Após esse período, foi convidado a lecionar em na comunidade de Sebastião da Vala no município de Mutum.

Em 1973 ele recebeu uma carta de uma ex-aluna, Marilza, filha caçula de Seu José. Junto à carta, ela enviou seu convite de formatura em magistério. A resposta a carta ainda é guardada por Marilza que, gentilmente, concedeu sua publicação nesse blog.





PROFESSOR:



O GIZ E O PROFESSOR

Esta é uma história verdadeira que aconteceu há alguns anos, na Universidade da Carolina do Sul, nos  Estados Unidos. 
Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto. Sua meta principal era usar um semestre inteiro para provar que DEUS não existe. Ele era muito áspero e nervoso. Os estudantes sempre tinham medo de perguntar alguma coisa pois além de debochar dos alunos ele tinha uma lógica impecável .Por 20 anos ensinou e mostrou sua descrença em Deus e dizia que jamais haveria alguém para vencê-lo ninguém ousava contrariá-lo,embora, às vezes surgisse alguém que tentasse, nunca o venciam.
No último dia de aula, no final do semestre,ele sempre fazia a mesma pergunta à sua classe de 100 alunos: 


- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus,  que fique de pé!
Nestes 20 anos ninguém ousou levantar-se.
Todos sabiam o que o professor faria em seguida, a seguinte pergunta:

- Qualquer um que acredita em Deus é um tolo!
Se Deus existe impediria que este giz se quebrasse ao cair ao chão.
Esta simples questão provaria que Ele existe, 
mas, este SER CHAMADO DE DEUS,  não pode fazer isso!
E todo o ano soltava o giz,que caia ao chão partindo-se em pedaços. E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a demonstração. A maioria dos alunos já começava a duvidar da existência de Deus. Certamente, havia alguns cristãos mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé. Então aconteceu um fato que marcaria aquela escola para sempre.
Um jovem cristão veio de outro colégio transferido para aquela escola. Ele tinha ouvido sobre a fama daquele professor.O jovem tinha muita fé em Deus, mas estava receoso.Por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse. Nada do que dissessem abalaria sua fé.
Este era o seu pedido de oração a Deus:
“Coragem para ficar de pé e mostrar a todos a sua fé no Senhor.”

Finalmente o último dia de aula do semestre chegou.

O professor disse:
“- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!”

O professor e os 100 alunos viram, atônitos, o rapaz (o novo aluno)  levantar-se no fundo da sala.
(O professor gritou com ironia:)
“- Você é um TOLO!!! 
Se o seu Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!”

E, sarcasticamente, sorrindo com malícia, começou a erguer o braço.
Inesperadamente o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, (um grande jaleco) e correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou,  sem se quebrar.

O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça… levantar-se no fundo da sala.
O rapaz caminhou firmemente para  frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou com todos,a sua fé em Jesus e seu período de oração.


Os estudantes ouviram, silenciosa e atentamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.

Espelho


domingo, 7 de setembro de 2014

  • Alemanha
Inicio do século 20, durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:

“Deus criou tudo o que existe?”
Um aluno respondeu valentemente:
“Sim, Ele criou.”
“Deus criou tudo?”
Perguntou novamente o professor.
“Sim senhor”, respondeu o jovem.
O professor respondeu,
“Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?”
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse:
“Posso fazer uma pergunta, professor?”
“Lógico.” Foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
“Professor, o frio existe?”
“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”
O rapaz respondeu:
“De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.
O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”
“E, existe a escuridão?”
Continuou o estudante.
O professor respondeu: “Existe.”
O estudante respondeu:
“Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz.
A luz pode-se estudar, a escuridão não!
Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas.
A escuridão não!
Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?
Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
“Senhor, o mal existe?”
O professor respondeu:
“Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”
E o estudante respondeu:
“O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.
Deus não criou o mal.
Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz.
O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.
É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu: “ALBERT EINSTEIN.”
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