quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O crescimento de Instituições de Ensino Superior

A educação à distância hoje, com o crescimento de Instituições de Ensino Superior (IES) oferecendo esta modalidade, vem tornando-se mais um caminho para a conquista do nível superior, porém, ainda é muito questionado a qualidade do ensino oferecido e o real interesse das IES em disponibilizar esta modalidade de ensino, se, visando uma educação de qualidade ou apenas mais um negócio lucrativo.
Diante desta nova situação no ambiente educacional, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), através da resolução Nº. 01/2001 da Câmara de Educação Superior (CES) e do Conselho Nacional de Educação (CNE), criou parâmetros de qualidade para as IES ofertarem cursos à distância.

Esta resolução ofereceu às IES a oportunidade de adotarem medidas e políticas voltadas à incorporação da educação à distância (EAD) no sistema educacional já existente.

Regulamentação da EAD no Brasil

Toda a legislação referente à EAD no País está disponível no endereço da SEED, em http://portal.mec.gov.br/seed/index.php. As diretrizes contemplam as diversas áreas da educação (Básica, Superior, Profissional e Pós-graduação) desenvolvidas na modalidade a distância. Além disso, tratam de aspectos relacionados à validação dos cursos e à emissão de diplomas e certificados.


Acompanhe, a seguir, a relação de diretrizes que regulamentam a EAD no País:
- as bases legais para a educação a distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 ), que foi regulamentada pelo Decreto nº 5.622 , publicado no D.O.U. de 20/12/05 (que revogou o Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 ,e o Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998 ) com normatização definida na Portaria Ministerial nº 4.361 , de 2004 (que revogou a Portaria Ministerial nº 301, de 7 de abril de 1998 ). - a Resolução nº 1 (de 3 de abril de 2001) do Conselho Nacional de Educação estabeleceu as normas para a pós-graduação lato e stricto sensu . Em seguida, confira as determinações para as áreas de graduação e pós-graduação, contempladas nos cursos oferecidos pelo Portal de Educação do Exército. As informações foram obtidas no site da Secretaria de Educação a Distância.

Fonte: SEED - Regulamentação da EAD no Brasil

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Novos Paradigmas da Educação

Filósofo Mario Sergio Cortella aponta características, posturas e movimentos que os educadores devem cultivar para a construção de novos paradigmas na Educação
“Temos um sinal curioso de uma certa distorção pedagógica quando alguém nos diz 'os alunos de hoje não são mais os mesmos' e continua dando aula como a 10 ou 15 anos atrás’’. Toda mudança implica um desequilíbrio momentâneo. O medo desse desequilíbrio pode ser paralisante. Se, na tentativa de andar, um bebê não tivesse a coragem de enfrentar isso, ele nunca andaria. “Aquele que lida com o futuro, que lida com a Educação, no qual se deseja uma melhor condição de existência, na qual a vitalidade, a dignidade e a fraternidade tenham lugar, é um educador esperançoso".


Fonte:Mario Sergio Cortella é Filósofo, Mestre e Doutor em Educação pela PUC- SP; foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). Novos Paradigmas da Educação

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

A Educação que Desejamos - Novos Desafios e Como Chegar Lá. Jose Manuel Moran.

"'A escola é pouco atraente''. Com base nessa afirmação, José Manuel Moran traz no seu  livro um paralelo entre a educação que temos e a que desejamos para nossos alunos, mostrando as tendências para um novo modelo de ensino. A obra analisa principalmente as mudanças que as tecnologias trazem para a educação presencial e a distância, em todos os níveis de ensino, sem esquecer o papel que professores e gestores terão que desempenhar nessa revolução. As redes digitais possibilitam organizar o ensino e a aprendizagem de forma mais ativa, dinâmica e variada, privilegiando a pesquisa, a interação e a personalização dos estudos, em múltiplos espaços e tempos presenciais e virtuais. Assim, a organização escolar precisa ser reinventada para que todos aprendam de modo mais humano, afetivo e ético, integrando os aspectos individual e social, os diversos ritmos, métodos e tecnologias, para ajudarmos a formar cidadãos plenos em todas as dimensões.


Fonte: A Educação que Desejamos - Novos Desafios e Como Chegar Lá. Moran, Jose Manuel.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mario Sérgio Cortella: Qual é a postura ideal do professor?




Em palestra a educadores de nível Ensino Superior, Mario Sérgio Cortella nos propõem procedimentos que podem ser aplicadas na sala de aula. Essencialmente, nos lembra que todo o conhecimento tácito, embora seja importante, não é mais suficiente para dar conta das demandas que recaem sobre a educação. É preciso ir além: estudar e aprender, numa postura de humildade e coragem.
Nesta palestra o Professor Cortella nos fala sobre a diferença entre ser velho ou idoso; fala sobre as virtudes do bom professor. Lembra-nos a diferença entre o que é tradicional e arcaico. Nos alerta sobre o que devemos negar, proteger e elevar.O professor deve ter a insatisfação (positiva) com aprendizado, nunca dar-se por satisfeito tornando-se adormecido e tranquilizando com seu conhecimento adquirido, não ensinar como ensinava, não informar como informava assim sendo aceitar as inovações com os choques de gerações, não fechar a mente para o novo, nem tão pouco tornar-se refém da pobreza de idéias,  confundido o velho com idoso, onde ha uma grande diferença, na qual o idoso é aquele que tem muita idade porém vontade de inovar e o velho tem pouca idade  mas se satisfaz com o que sabe, adormece, tranquiliza-se.
Outra virtude pedagógica e a humildade que é diferente de ser subserviente. Existe também conteúdo que são tradicionais ou arcaicos sendo que os conteúdos tradicionais são aqueles que vêm do passado e devem ser guardados, protegidos e passados a diante e os arcaicos que também vem do passado que estão ultrapassado devem ser descartados, deixados para trás.
Podemos ainda caracterizar o tradicional pela atenção ao conteúdo, formação humanista, a noção de acolhimento, o relacionamento saudável, a recusa ao egoísmo e o desejo de formar pessoas. Enquanto o arcaico se caracteriza pelo autoritarismo, o envelhecimento nas práticas pedagógicas, arrogância no mundo de mudanças e continuidade, assim sendo o professor do século XXI deve negar o arcaico proteger o que é tradicional e elevar. Portanto devemos formar pessoas que nos supere (insatisfeitos com saberes) e não pessoas que simplesmente seja nossos seguidores (satisfeitos) professores estes com atitudes e noção de urgência em fazer, inovar e querer.

Sebastião de Araújo Chaves

Bibliografia:

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a postura ideal do professor? Palestra.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Preconceito Linguistico e o papel da Escola



INTRODUÇÃO
Aprender a lidar com as diferentes formas de falar português em nosso país talvez seja um dos fatores de maior dificuldade que um professor de Língua Portuguesa venha a se deparar. O interesse pelo assunto nasceu a partir da análise de como estamos sendo bombardeados cada vez mais por regras gramaticais e "aulinhas" de "certo" e "errado" que tanto aparecem nos meios de comunicação, o que transformou a língua em fator predominante de exclusão, se a mesma não estiver de acordo com normas e regras. Entretanto Bagno (2010) afirma que a denominação preconceito linguístico é somente um disfarce para o preconceito social que de fato é predominante. O presente estudo pretende descrever a realidade em particular de uma escola verificando a prática de uma professora de Língua Portuguesa. O profissional dessa área exerce papel fundamental na extinção de qualquer preconceito desse tipo, uma vez que sua função é guiar o aluno no novo universo da língua culta. Dependendo do grupo socioeconômico cultural a que ele pertence maior será seu distanciamento da língua padrão (NEVES, 2003).  O ensino da língua engajado na luta contra desigualdades sociais e econômicas proporcionará àqueles que não utilizam a variedade padrão com frequência esse conhecimento para sua participação política na sociedade. O presente trabalho tem como objetivos a observação das aulas de Língua Portuguesa na Escola Estadual Maria Vicência Brandão, buscando identificar na prática docente esse comportamento. 

METODOLOGIA
O trabalho inicialmente baseou-se em um levantamento bibliográfico aliado à observação de uma aula de Língua Portuguesa em uma turma do 3º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Maria Vicência Brandão, do distrito de Padre Fialho, Matipó (MG). A observação durou duas semanas e ao final dela foi realizada uma entrevista com a professora. O objetivo foi identificar atitudes promotoras da uma consciência a respeito do preconceito linguístico, bem como a necessidade de conhecer o comportamento de todos os envolvidos no processo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Durante a observação percebeu-se que a professora sempre procurava considerar, como ponto de partida para sua ação educativa, os conhecimentos que os alunos possuíam, advindos das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostos. Em entrevista por escrito a mesma afirmou que “Detectar esses conhecimentos prévios não é uma tarefa fácil. Implica que os professores estabeleçam estratégias didáticas para fazê-lo. A observação acurada dos alunos, bem como o conhecimento da realidade dos mesmos é um instrumento essencial nesse processo”. Isso corrobora com a afirmação de que o professor que favorece o diálogo possui uma diferenciação em seu trabalho e possibilita ao aprendiz maior segurança (PERRENOUD, 2000). Nessa perspectiva, o professor de observado mostrou-se excelente mediador entre os jovens e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articularam os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada um, seus conhecimentos prévios os conteúdos trabalhados. Em relação ao uso da norma culta em sala percebeu-se que a professora procura sempre mostrar aos alunos que é de extrema importância, mas eles devem saber quando e onde utilizá-la, não abandonando sua cultura, não discriminando os colegas de diferentes regiões, idades ou classes sociais. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor, muitas vezes, não se reconhece como capaz de transformar a realidade em que atua, porque coloca a fonte de todos os problemas fora do seu âmbito de atuação. No entanto, sempre há situações diferenciadas. É preciso coragem para ousar. É preciso estimular a utilização de atividades diversificadas. Refletir sobre a língua também é um compromisso de cidadania e o professor tem a participação efetiva nesse processo, uma vez que sua atuação deve seguir o sentido da inclusão e não da discriminação. Porém, a Língua Portuguesa está virando um mercado capitalista exacerbado, no qual os gramáticos tradicionais editam as leis e o consumidor ao invés de fazer papel de um conhecedor nativo da sua língua, é mais um consumidor alienado sem enxergar que está contribuindo para o descaso com a mesma.

REFERÊNCIAS
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática ensinar na escola? São Paulo: Contexto, 2003.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado das Letras, 1997.

VIANA, Nildo. Educação, Linguagem e Preconceito Lingüístico. Plurais. vol. 01, n. 01. Jul./Dez. 2004.

GROSSI, Esther Pilar. Alfabetização: Uma questão popular. SMED, 1982

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: Das intenções à ação. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos a língua que falamos.  São Paulo: Contexto, 2007.
______. A Linguística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Contexto. 2001.
CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática da Língua Portuguesa. 12 ed. Rio de Janeiro: FAE, 1992.